2012 foi um ano repleto de filmes medianos. Alguns decepcionaram bastante (Prometheus e Na Estrada, para citar dois). Outros, mesmo bons, foram muito superestimados (Cosmópolis e O Homem da Máfia, por exemplo). O ano não foi bom principalmente para o cinema americano. Da lista a seguir, apenas um dos longas presentes foi produzido nos EUA. Dos blockbusters, apesar de Os Vingadores e O Cavaleiro das Trevas Ressurge terem se saído bem, ainda assim apresentaram problemas óbvios. E não vou nem citar bombas como O Espetacular Homem Aranha, John Carter e Abraham Lincoln: O Caçador de Vampiros.
Mas esse post não é para falar daqueles que desapontaram, mas para indicar os bem sucedidos. Por que o ano também foi pródigo em nos presentear com grandes obras cinematográficas. A seguir, o que 2012 nos trouxe de melhor.
10. Políssia, dirigido por Maïwenn
Um filme quase documental sobre o trabalho da polícia francesa. Uma obra que emociona por seu realismo.
9. Era Uma Vez na Anatólia, dirigido por Nuri Bilge Ceylan
Ceylan transforma um filme policial em um belo exercício de estilo, com ótimos personagens e uma fotografia de tirar o fôlego.
8. Histórias que Só Existem Quando Lembradas, dirigido por Júlia Murat
A quebra da rotina em uma cidadezinha do interior, retratada de forma doce por Murat. Histórias que nunca mais serão esquecidas.
7. O Artista, dirigido por Michel Hazanavicius
Hazanavicius resgata a magia do cinema mudo, numa obra que age simultaneamente como homenagem e exercício de linguagem cinematográfica.
6. Drive, dirigido por Nicolas Winding Refn
Estiloso, moderno e clássico ao mesmo tempo, um estudo de personagem sangrento e muito bem dirigido.
5. Tabu, dirigido por Miguel Gomes
Mais um trabalho espetacular do diretor português, que mistura experimentalismo audiovisual com um texto elegante.
4. O Espião que Sabia Demais, dirigido por Tomas Alfredson
Alfredson cria um drama de espionagem estudado e frio, refletindo a própria personalidade de seu protagonista.
3. A Separação, dirigido por Asghar Farhadi
Uma simples história de separação que serve de veículo para Farhadi analisar a sociedade iraniana moderna.
2. Isto Não É Um Filme, dirigido por Jafar Panahi e Mojtaba Mirtahmasb
O pesadelo de um diretor proibido de filmar. Uma obra relevante política e artisticamente.
1. Holy Motors, dirigido por Leos Carax
Reflexões sobre a identidade humana e os papeis sociais num mundo em que tudo é espetáculo audiovisual. Ao mesmo tempo, uma homenagem ao cinema e a todos os seus gêneros. A obra-prima de 2012.
domingo, 30 de dezembro de 2012
sábado, 29 de dezembro de 2012
Melhores de 2012 - Parte 1
Mais um ano chega ao fim e vamos às famosas listas. Como já é tradição no blog, fiz uma lista com os 20 melhores filmes do ano. Neste post, publico a primeira parte, do 20° ao 11°. Amanhã, os dez primeiros.
20. Marcados para Morrer, dirigido por David Ayer
Tenso, divertido e emocionante na medida certa.
Tenso, divertido e emocionante na medida certa.
19. 007 - Operação Skyfall, dirigido por Sam Mendes
Um James Bond autoral, com um ótimo vilão e que renova a franquia ao mesmo tempo em que homenageia os seus 50 anos.
Um James Bond autoral, com um ótimo vilão e que renova a franquia ao mesmo tempo em que homenageia os seus 50 anos.
18. 13 Assassinos, dirigido por Takashi Miike
Inspirado em Os Sete Samurais, um Miike mais contido mas ainda assim muito belo - e com a violência característica de sua filmografia.
Inspirado em Os Sete Samurais, um Miike mais contido mas ainda assim muito belo - e com a violência característica de sua filmografia.
17. As Vantagens de Ser Invisível, dirigido por Stephen Chbosky
Uma história sobre adolescentes sensível, engraçada e doce.
Uma história sobre adolescentes sensível, engraçada e doce.
16. O Segredo da Cabana, dirigido por Drew Goddard
Uma paródia/homenagem aos filmes de horror, com o humor típico de Joss Whedon.
Uma paródia/homenagem aos filmes de horror, com o humor típico de Joss Whedon.
15. Argo, dirigido por Ben Affleck
Affleck chega à maturidade como cineasta em um filme tenso sobre a capacidade do cinema de resolver crises através de sua linguagem universal.
14. Looper, dirigido por Rian Johnson
A ficção científica inteligente do ano, equilibrando ação e reflexão (ou: tudo o que Prometheus gostaria de ser, mas não é).
A ficção científica inteligente do ano, equilibrando ação e reflexão (ou: tudo o que Prometheus gostaria de ser, mas não é).
13. Pina, dirigido por Wim Wenders
Wenders mostra que o 3D pode servir ao cinema e não apenas ser uma distração com objetivos comerciais.
Wenders mostra que o 3D pode servir ao cinema e não apenas ser uma distração com objetivos comerciais.
12. Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios, dirigido por Beto Brant e Renato Ciasca
História comovente de como a obsessão amorosa pode destruir uma pessoa.
História comovente de como a obsessão amorosa pode destruir uma pessoa.
11. Moonrise Kingdom, dirigido por Wes Anderson
Anderson volta a realizar um grande filme, desta vez retratando o amadurecimento e a descoberta do amor.
Anderson volta a realizar um grande filme, desta vez retratando o amadurecimento e a descoberta do amor.
sábado, 15 de dezembro de 2012
O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
Depois de quase dez anos, voltamos à Terra Média. Ao
contrário de nossa viagem inicial, já conhecemos muitas de suas paisagens,
raças e costumes. A equipe que nos transporta para o universo criado por J.R.R.
Tolkien é praticamente a mesma: o diretor Peter Jackson e suas companheiras
roteiristas Philippa Boyens e Fran Walsh. A novidade é a presença do produtor e
também roteirista Guillermo Del Toro (que, a princípio, deveria também dirigir
o filme). Revemos personagens queridos, como Gandalf, Bilbo e Galadriel, e
acompanhamos uma história que expande o universo cinematográfico de O Senhor dos Anéis. Só que, apesar de
ser bastante fiel à obra original (talvez até mais que a trilogia original),
falta a O Hobbit: Uma Jornada Inesperada
a mesma alma e emoção.
O mais provável é que, depois de quebrar recordes de
bilheteria e serem imensamente premiados pela crítica, Peter Jackson e seus
colaboradores tenham se convencido de que qualquer nova viagem ao universo
tolkeniano fosse ter o mesmo tipo de recepção. Talvez por isso, a primeira
parte de O Hobbit soe mais como uma
versão extendida feita para os fãs do que como uma narrativa sólida. Com um
ritmo irregular e elementos que não acrescentam nada à história (acabando até
por retardá-la), suas mais de três horas de duração são bastante questionáveis
(assim como a ideia de dividir um livro relativamente pequeno em três filmes).
É essa a sensação deixada pelo extenso prólogo e pela
introdução do filme, que apresenta a trama principal. Conhecemos Thorin Escudo
de Carvalho (Richard Armitage), herdeiro de Erebor, o reino dos anões que foi
invadido e ocupado pelo dragão Smaug. Pare recuperar seu antigo lar, Thorin
lidera um grupo de 13 anões que, com ajuda do mago Gandalf (Ian McKellen),
precisa recrutar um ladrão para conseguir invadir a Montanha Solitária, onde
vive o dragão, e recuperar o tesouro de seus antigos habitantes. Assim, chegam
ao Condado, onde vive o pacato hobbit Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) e tentam
convencê-lo a acompanhá-los nessa aventura.
Aqui temos o primeiro grande problema de O Hobbit: Uma Jornada Inesperada:
somente para estabelecer sua premissa e apresentar seus principais personagens,
o filme leva quase uma hora. Ao contrário de O Senhor dos Anéis, onde o ritmo frenético ajudava a criar um
sentido de urgência na narrativa, aqui são incluídas muitas cenas
desnecessárias e descartáveis. O diálogo entre o Bilbo e Frodo, por exemplo,
pode agradar aos fãs da trilogia original por trazer uma rápida aparição de
Elijah Wood, mas não serve em nada ao propósito do longa. O mesmo pode-se dizer
das canções: seus momentos são divertidos e até bonitos, mas poderiam muito bem
ser cortados e inseridos em uma versão extendida sem prejuízo algum.
Mas não é só isso. Por ser um livro mais leve e infantil, o
filme acaba falhando em criar personagens fortes ou uma ameaça grande aos
heróis. Aqui não temos Sauron, o Um Anel ou os Nazgûl para manter os
protagonistas sempre em alerta. O vilão principal - Smaug - sequer aparece e as
ameaças - como os três trolls - são episódicas. A impressão que se tem é que o
filme não possui uma estrutura clara, pulando de uma situação para outra de
forma brusca e deselegante. Essa sensação aumenta pelo fato do roteiro incluir
no filme tramas paralelas, como aquela envolvendo o mago Radagast (Sylvester
McCoy) e o necromante. Sim, quem leu o livro sabe que essa subtrama é
importante para a história, mas a forma como é realizada acaba servindo mais
como distração do que como aprofundamento da narrativa.
Reconhecendo os problemas do roteiro - causados,
principalmente, pela ideia de dividir a história em três filmes - Jackson tenta
criar um vilão mais palpável na figura do orc Azog. Da mesma forma, cria-se um
clímax forçado, culminando num diálogo constrangedor entre Bilbo e Thorin. O
anão, aliás, é vivido com energia por Richard Armitrage, mas acaba sendo uma
versão empobrecida (e vários centímetros menor) de Aragorn. Os outros anões - à
exceção de Balin e Kili - são quase irreconhecíveis em termos de personalidade
e a maioria deles não desempenha papel algum na trama. Essa é a grande
diferença entre a trilogia Senhor dos
Anéis e esta nova: naquela, por mais que não se possa dizer que os
personagens fossem bem desenvolvidos, havia uma melhor preocupação dos
roteiristas em diferenciá-los e em criar momentos memoráveis para cada um,
tornando-os facilmente reconhecíveis e carismáticos.
Não é surpresa, portanto, que o melhor momento de O Hobbit: Uma Jornada Inesperada seja
aquele que envolve Bilbo, Gollum (Andy Serkis) e as charadas no escuro,
exatamente por envolver o personagem mais complexo da história e retratar um
momento chave que teria como consequência os acontecimentos de O Senhor dos Anéis. O trabalho de Serkis
e da equipe de efeitos visuais mais uma vez é soberbo. O Gollum de O Hobbit consegue ser ainda mais
realista e chamam a atenção suas expressões faciais. É, de longe, o personagem
mais carismático e bem trabalhado do longa (apesar de Freeman e, claro,
McKellen também entregarem ótimas atuações).
Aliás, tecnicamente, O Hobbit não deixa em nada a dever a O Senhor dos Anéis. Os efeitos visuais são
bastante eficientes e os seres digitais, desde os trolls até o rei goblin,
passando pelas grandes águias, estão perfeitos em seus mínimos detalhes. O
mesmo pode ser dito da maquiagem e figurino dos anões, que conseguem criar
diferentes cortes de cabelo, peças de vestuário e detalhes que ajudam a
diferenciá-los (por mais que o roteiro falhe em lhes dar personalidade). Já o
3D é eficiente em determinadas cenas e falho em outras, principalmente nas
sequências de ação. E a grande novidade prometida pelo filme, os 48 quadros por
segundo, servem para dar mais realismo à Terra Média, encantando o espectador.
Enquanto isso, o design de produção, apesar das composições brilhantes e
singulares, como Valfenda, Erebor e o Condado, traz pouca coisa nova com
relação à trilogia original.
É essa falta de novidade, essa sensação de estarmos voltando
a um mesmo local, que torna O Hobbit
bastante inferior à trilogia Senhor dos
Anéis. E o maior culpado por isso é exatamente Peter Jackson. O seu estilo
de direção, apostando em tomadas aéreas que acompanham os viajantes, closes e
travellings, soam muito como auto-homenagem e só servem para lembrar-nos do
quanto essas mesmas técnicas melhor usadas naqueles três filmes do início dos
anos 2000. Exemplificando, a sequência que envolve Gandalf e os 13 anões
fugindo dos goblins nas cavernas lembra demais aquela que se passa em Moria, em
A Sociedade do Anel, mas sem a mesma
urgência ou desespero. Até a brilhante trilha sonora de Howard Shore aqui soa
repetitiva e dá a sensação de estarmos vendo uma versão mais frágil de uma mesma
história.
Sofrendo ainda com um excesso de situações que envolvem o
artifício do deus ex machina (papel desempenhado
pelas águias e por Gandalf duas vezes), O
Hobbit: Uma Jornada Inesperada não pode ser considerado um filme ruim.
Longe disso: possui sequências divertidas, boas cenas de ação e expande a
fabulosa mitologia de uma série de sucesso. Mas se empalidece bastante diante
das comparações feitas com a primeira viagem de Jackson e cia. à Terra Média.
The Hobbit: An
Unexpected Journey (EUA, Nova Zelândia; 2012). Dirigido por
Peter Jackson. Com Martin Freeman, Ian McKellen, Richard
Armitage, Cate Blanchett, Ken Stott, Graham McTavish, William Kircher, James
Nesbitt, Stephen Hunter, Dean O'Gorman, Aidan Turner, John Callen, Peter
Hambleton, Jed Brophy, Mark Hadlow, Adam Brown, Sylvester McCoy, Hugo Weaving, Christopher
Lee, Elijah Wood, Ian Holm, Manu Bennett e Benedict Cumberbatch.
domingo, 25 de março de 2012
Jogos Vorazes
Nota: 6/10
Ambientado no futuro, em uma sociedade cujo governo autoritário, para controlar sua população, investe em uma espécie de reality show em que 24 adolescentes de diferentes classes sociais se enfrentam até restar apenas um vivo, Jogos Vorazes vem sendo comparado, em todos os textos que falam sobre o filme, a obras como 1984 e Admirável Mundo Novo. Mas, ao contrário das obras de George Orwell e Aldous Huxley, o filme (já que não li o livro) não parece muito interessado em desenvolver as regras de seu universo, resultando em uma crítica política um tanto ingênua e
infantilizada.
Contando com um elenco muito bom, encabeçado pela ótima Jennifer Lawrence (que praticamente repete seu papel em Inverno da Alma, só que com menos complexidade), Jogos Vorazes é tecnicamente eficiente, com sua direção de arte e fotografia expondo bem as diferenças entre o cinzento distrito 12 e a colorida capital. O mesmo não pode ser dito do roteiro escrito por Gary Ross, Billy Ray e Suzanne Collins (autora do livro em que o filme é baseado) que, por mais que consiga desenvolver bem seus personagens, não faz o mesmo com o universo da história. Não é a toa que, em mais de um momento durante os jogos, surja uma espécie de Pedro Bial futurista (Stanley Tucci, muito bem no papel) explicando as regras da competição para o público - uma interferência artificial que só comprova as falhas do texto. Da mesma forma, a adaptação não parece ter sido bem feita, tornando grande parte do primeiro ato desnecessária, enquanto que momentos que mereciam ser melhor explicados não o são, como a pequena rebelião dos distritos durante os jogos (e o porquê de algo assim nunca ter acontecido antes).
Mas a grande decepção de Jogos Vorazes são mesmo as escolhas do diretor Gary Ross e de seu roteiro. De um lado ele pode ser elogiado por, nas cenas de ação, apostar em cortes rápidos e planos detalhe, evitando uma espetacularização da violência, o que é coerente com a mensagem principal do filme. Mas por outro, ao descartar cenas mais gráficas e ao transformar os vilões do filme em caricaturas maniqueístas, o próprio discurso do longa é enfraquecido, já que as mortes, quando ocorrem, surgem sem nenhum impacto - com uma única exceção na metade final do longa.
A covardia de seus realizadores transforma Jogos Vorazes em uma obra insossa, que se pretende crítica (o que é um avanço em comparação com outras séries adolescentes do momento), mas que nunca sai do lugar comum. Essa decepção é bem retratada pelo final, onde a ordem é reestabelecida e nada parece ter mudado - por mais que saibamos que ainda iremos ter duas continuações no cinema. É como se o filme dissesse aos jovens que, ao invés de se rebelar e tentar mudar o mundo, vale muito mais a pena seguir as regras do jogo e voltar vivo para seu lar insignificante.
The Hunger Games (EUA, 2012). Com Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Woody Harrelson, Stanely Tucci, Elizabeth Banks, Liam Hemsworth, Wes Bentley, Lenny Kravitz, Amandla Stenberg, Willow Shields, Paula Malcomson e Donald Sutherland.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Apostas finais para o Oscar 2012
Chegou o dia do Oscar e com ele, as tradicionais previsões. Assim como no ano passado, fiz uma aposta para cada categoria, seguida de uma segunda opção e daquele que eu gostaria que ganhasse. Deixei de fora apenas categorias em que não vi nenhum dos indicados (como Documentário e curtas).
Melhor Filme
Indicados: O Artista, A Árvore da Vida, Cavalo de Guerra, Os Descendentes, Histórias Cruzadas, O Homem que Mudou o Jogo, A Invenção de Hugo Cabret, Meia-Noite em Paris e Tão Forte e Tão Perto
Vai vencer: O Artista
Também tem chances: Histórias Cruzadas
Em quem eu votaria: A Árvore da Vida
Desde meados de 2011, O Artista já era cotado entre os possíveis nomeados. Poucos àquela época acreditavam que um filme francês, mudo e em preto e branco pudesse chegar nessa época como o frontrunner, mas depois de vários meses e muitos prêmios, o longa de Michel Hazanavicius é o favorito absoluto. O Artista é uma obra de difícil rejeição (que tipo de amante do cinema seria capaz de não gostar do filme?) e, ao contrário dos últimos anos, não há uma segunda alternativa forte. A Invenção de Hugo Cabret teve maior número de indicações, venceu o prêmio do National Board of Review, mas ficou só nisso. Os Descendentes perdeu força no decorrer da temporada. Histórias Cruzadas foi o único que venceu em um dos sindicatos (levou o SAG de melhor elenco), mas parece haver suporte ao filme apenas entre os atores, já que foi (merecidamente) ignorado pelas outras guildas. Já o melhor filme do ano, A Árvore da Vida, apesar de seus defensores apaixonados, não parece capaz de impedir que o Oscar vá para um filme mudo pela primeira vez em mais de 80 anos.
Melhor Diretor
Indicados: Woody Allen (Meia-Noite em Paris), Michel Hazanavicius (O Artista), Terrence Malick (A Árvore da Vida), Alexander Payne (Os Descendentes) e Martin Scorsese (A Invenção de Hugo Cabret)
Vai vencer: Hazanavicius
Também tem chances: Scorsese
Em quem eu votaria: Malick
A disputa sempre foi entre Haznavicius, Scorsese e Alexander Payne, por Os Descendentes (curiosamente, devem ser os únicos presentes, já que tanto Allen quanto Malick não são chegados a premiações). Payne perdeu terreno junto com seu filme e o francês apareceu na dianteira depois de levar o sindicato dos diretores. Como Scorsese já venceu o seu Oscar em 2008, é difícil tirar o prêmio de Hazanavicius. Há ainda a chance remotíssima (põe "íssima" nisso) de Malick levar pela carreira, mas não deve acontecer.
Melhor Ator
Indicados: Demián Bichir (A Better Life), George Clooney (Os Descendentes), Jean Dujardin (O Artista), Brad Pitt (O Homem que Mudou o Jogo) e Gary Oldman (O Espião que Sabia Demais)
Vai vencer: Jean Dujardin
Também tem chances: George Clooney
Em quem eu votaria: Gary Oldman
Dujardin tomou o favoritismo de Clooney depois do SAG e parece mesmo que vai levar. De todas as atuações, a mais complexa é a de Oldman, apesar de gostar bastante das demais.
Melhor Atriz
Indicadas: Glenn Close (Albert Nobbs), Viola Davis (Histórias Cruzadas), Rooney Mara (Os Homens que Não Amavam as Mulheres), Meryl Streep (A Dama de Ferro) e Michelle Williams (Sete Dias com Marilyn)
Vai vencer: Viola Davis
Também tem chances: Meryl Streep
Em quem eu votaria: Rooney Mara
A disputa é acirrada entre Streep e Davis, mas estou apostando em Davis dado o momento. Ela venceu o SAG e seu filme parece receber mais suporte da Academia - apesar de seu papel, na verdade, ser coadjuvante. Meryl Streep foi indicada pela 17ª vez, e tem uma das melhores atuações de sua carreira, mas o filme em si é horroroso. Acredito as duas provavelmente estarão de volta em breve, e uma vitória aqui só daria uma promoção injusta a um de dois filmes que merecem ser esquecidos.
Melhor Ator Coadjuvante
Indicados: Kenneth Branagh (Sete Dias com Marilyn), Jonah Hill (O Homem que Mudou o Jogo), Nick Nolte (Guerreiro), Christopher Plummer (Minha Versão de Amor) e Max von Sydow (Tão Forte e Tão Perto)
Vai vencer: Christopher Plummer
Também tem chances: Max Von Sydow
Em quem eu votaria: Plummer
O grande rivel de Christopher Plummer na categoria, Albert Brooks (Drive), foi ignorado e, portanto, ele é a aposta mais certa da noite. A única surpresa pode ser von Sydow, também veterano e sem nenhuma estatueta na carreira, que já surpreendeu por aparecer entre os indicados.
Melhor Atriz Coadjuvante
Indicadas: Bérénice Bejo (O Artista), Jessica Chastain (Histórias Cruzadas), Melissa McCarthy (Missão Madrinha de Casamento), Janet McTeer (Albert Nobbs) e Octavia Spencer (Histórias Cruzadas)
Vai vencer: Octavia Spencer
Também tem chances: Bérénice Bejo
Em quem eu votaria: Bejo
Não parece haver dúvidas: Spencer deve levar a estatueta, mesmo que injustamente. Aliás, porque Jessica Chastain indicada pela caricatura em Histórias Cruzadas e sem ser nem lembrada pelas ótimas atuações em A Árvore da Vida e O Abrigo? No lugar delas, poderia estar aqui Shailene Woodley, excelente em Os Descendentes. As outras três estão bem e, entre elas, fico com Bejo.
Melhor Roteiro Original
Indicados: O Artista, Margin Call - O Dia Antes do Fim, Meia-Noite em Paris, Missão Madrinha de Casamento e A Separação
Vai vencer: Meia-Noite em Paris
Também tem chances: O Artista
Em quem eu votaria: A Separação
Nomeado pela 15ª vez na categoria, tudo indica que Woody Allen levará seu terceiro Oscar de melhor roteiro. E não deve subir ao palco para recebê-lo, como de costume. Se isso não acontecer, pode haver mais uma gratificação ao grande favorito da noite. Já exigir que a Academia fosse justa e premiasse os excelentes Margin Call e A Separação seria pedir demais, né?
Melhor Roteiro Adaptado
Indicados: Os Descendentes, O Espião que Sabia Demais, O Homem que Mudou o Jogo, A Invenção de Hugo Cabret e Tudo pelo Poder
Vai vencer: Os Descendentes
Também tem chances: O Homem que Mudou o Jogo
Em quem eu votaria: O Espião que Sabia Demais
É o prêmio de consolação para Os Descendentes. Alexander Payne deve receber seu segundo Oscar (o primeiro foi com Sideways, em 2004, também em roteiro) logo com seu pior trabalho. O Homem que Mudou o Jogo teria mais chances, mas Aaron Sorkin venceu no ano passado (A Rede Social) e é difícil que leve a estatueta de novo - apesar do roteiro ser a alma do filme.
Melhor Animação
Indicados: Chico & Rita, Um Gato em Paris, Gato de Botas, Kung Fu Panda 2 e Rango
Vai vencer: Rango
Também tem chances: Chico & Rita
Em quem eu votaria: Rango
Ainda não consigo imaginar o que passou pela cabeça da Academia ao deixar As Aventuras de Tintim de fora e indicar Gato de Botas e Kung Fu Panda 2. Enfim... O favorito absoluto é Rango, mas Chico & Rita pode surpreender.
Melhor Filme Estrangeiro
Indicados: Bullhead (Bélgica), Footnote (Israel), In Darkness (Polônia), Monsieur Lazhar (Canadá) e A Separação (Irã)
Vai vencer: A Separação
Também tem chances: In Darkness
Em quem eu votaria: A Separação
Entre os indicados, só vi A Separação, mas digo que os outros precisam ser obras-primas para superá-lo. Mas essa é uma categoria que sempre apronta surpresas, já que os votantes têm que ter assistido a todos os concorrentes. O filme iraniano é favorito, mas ser favorito aqui não quer dizer muita coisa (que o digam A Fita Branca, O Labirinto do Fauno, Amélie Poulain...).
Melhor Montagem
Indicados: O Artista, Os Descendentes, O Homem que Mudou o Jogo, Os Homens que Não Amavam as Mulheres e A Invenção de Hugo Cabret
Vai vencer: O Artista
Também tem chances: O Homem que Mudou o Jogo
Em quem eu votaria: Os Homens que Não Amavam as Mulheres
O grande problema de Hugo é seu ritmo, portanto é até surpreendente que esteja indicado nesta categoria. Obras mais ousadas, como Drive e A Árvore da Vida, ficaram de fora. O Artista é favorito aqui, mas sem muito destaque, havendo chances também para O Homem que Mudou o Jogo.
Melhor Fotografia
Indicados: O Artista, A Árvore da Vida, Cavalo de Guerra, Os Homens que Não Amavam as Mulheres e A Invenção de Hugo Cabret
Vai vencer: A Árvore da Vida
Também tem chances: O Artista
Em quem eu votaria: A Árvore da Vida
Os cinco trabalhos são excelentes. A Árvore da Vida levou todos os prêmios na categoria, e aqui tem a melhor chance de levar um Oscar. Mas tanto O Artista quanto A Invenção de Hugo Cabret são concorrentes fortes.
Melhor Direção de Arte
Indicados: O Artista, Cavalo de Guerra, Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 2, A Invenção de Hugo Cabret e Meia-Noite em Paris
Vai vencer: A Invenção de Hugo Cabret
Também tem chances: Harry Potter 8
Em quem eu votaria: Hugo
O favorito destacado é o longa de Martin Scorsese e esse deve ser um dos prêmios dados em consolação. Não que seja injusto, já que a direção de arte em Hugo é belíssima. Há aqui também uma das últimas chances da série Harry Potter receber um Oscar.
Melhor Figurino
Indicados: Anônimo, O Artista, A Invenção de Hugo Cabret, Jane Eyre e W.E.
Vai vencer: A Invenção de Hugo Cabret
Também tem chances: O Artista
Em quem eu votaria: O Artista
Uma categoria difícil de prever. A tendência é que o prêmio vá para um dos dois filmes mais badalados, mas uma surpresa não é impossível.
Melhor Maquiagem
Indicados: Albert Nobbs, Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 2 e A Dama de Ferro
Vai vencer: A Dama de Ferro
Também tem chances: Albert Nobbs
Em quem eu votaria: A Dama de Ferro
A única coisa que funciona em A Dama de Ferro, além da Meryl Streep, é a maquiagem. Nada mais justo. Das categorias em que concorre, essa é a que eu vejo menos chances para Harry Potter 8.
Melhor Trilha Sonora
Indicados: O Artista, As Aventuras de Tintim, Cavalo de Guerra, A Invenção de Hugo Cabret e O Espião que Sabia Demais
Vai vencer: O Artista
Também tem chances: Cavalo de Guerra
Em quem eu votaria: O Artista
A trilha é fundamental em O Artista, logo nada mais natural que o filme leve o prêmio. Os fãs de John Williams devem dividir os votos entre Tintim e Cavalo de Guerra, o que favorece ainda mais o filme francês.
Melhor Canção
Indicados: "Man or Muppet" (Os Muppets) e "Real in Rio" (Rio)
Vai vencer: "Man or Muppet"
Também tem chances: "Real in Rio" (dããã)
Carlinhos Brown e Sérgio Mendes teoricamente têm 50% de chances de ganhar o Oscar, mas o favoritismo está do outro lado.
Melhor Som
Indicados: Cavalo de Guerra, Drive, Os Homens que Não Amavam as Mulheres, A Invenção de Hugo Cabret e Transformers: O Lado Oculto da Lua
Vai vencer: A Invenção de Hugo Cabret
Também tem chances: Cavalo de Guerra
Em quem eu votaria: Drive
O departamento de som foi o único da Academia que aparentemente assistiu a Drive e nomeou-o justamente. O favorito é Hugo, mas as batalhas de Cavalo de Guerra podem levar esse Oscar como compensação ao longa de Spielberg.
Melhor Mixagem de Som
Indicados: Cavalo de Guerra, O Homem que Mudou o Jogo, Os Homens que Não Amavam as Mulheres, A Invenção de Hugo Cabret e Transformers: O Lado Oculto da Lua
Vai vencer: A Invenção de Hugo Cabret
Também tem chances: Transformers 3
Em quem eu votaria: Hugo
É a categoria em que Transformers 3 tem mais chances, já que o trabalho se destaca. Mas tanto Hugo quanto Cavalo de Guerra são forte candidatos e a estatueta deve ficar com o primeiro.
Melhores Efeitos Visuais
Indicados: Gigantes de Aço, Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 2, A Invenção de Hugo Cabret, Planeta dos Macacos: A Origem e Transformers: O Lado Oculto da Lua
Vai vencer: Planeta dos Macacos: A Origem
Também tem chances: Harry Potter 8
Em quem eu votaria: Planeta dos Macacos
Seria a chance de Harry Potter, mas apareceu um macaco chamado Cesar e o favoritismo mudou de lado. A única justificativa para Planeta dos Macacos não vencer é o preconceito de parte da Academia com o sistema de captura de movimentos. O que é bastante improvável, afinal tanto O Senhor dos Anéis quanto King Kong venceram na categoria.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Oscar 2012: os indicados
A lista do Oscar 2012 saiu. E no meio de várias obviedades e algumas surpresas, vamos aos comentários sobre as principais categorias:
Melhor Filme
Indicados: O Artista, Os Descendentes, Histórias Cruzadas, O Homem que Mudou o Jogo, A Invenção de Hugo Cabret, Meia-Noite em Paris, Cavalo de Guerra, A Árvore da Vida e Tão Alto e Tão Perto.
A maior surpresa (uma das menos esperadas) foi Tão Alto e Tão Perto entrando na lista, depois de ter sumido de praticamente todas as previsões. O número de indicados também surpreendeu: esperava-se que ficasse entre seis e oito filmes, mas acabaram entrando nove. Quem ficou de fora foi Os Homens que Não Amavam as Mulheres.
Melhor Diretor
Indicados: Martin Scorsese (A Invenção de Hugo Cabret), Michel Hazanavicius (O Artista), Alexander Payne (Os Descendentes), Woody Allen (Meia-Noite em Paris) e Terrence Malick (A Árvore da Vida).
Allen e Scorsese chegaram à sétima indicação nesta categoria, passando Steven Spielberg como os diretores vivos com mais nomeações. A surpresa, bastante bem-vinda, foi a inclusão de Terrence Malick. Esperava-se mais a presença de David Fincher, para compensar a palhaçada do ano passado, mas a admiração dos diretores por Malick é aparentemente maior.
Melhor Atriz
Indicadas: Meryl Streep (A Dama de Ferro), Michelle Williams (Sete Dias com Marilyn), Viola Davis (Histórias Cruzadas), Glenn Close (Albert Nobbs) e Rooney Mara (Os Homens que Não Amavam as Mulheres).
Esperava-se uma indicação de Tilda Swinton, mas era arriscada - mesmo que sua atuação seja a única coisa que presta em Precisamos Falar Sobre Kevin, o filme é independente demais para a Academia. No lugar dela entrou Rooney Mara, que também era cotada.
Melhor Ator
Indicados: George Clooney (Os Descendentes), Jean Dujardin (O Artista), Brad Pitt (O Homem que Mudou o Jogo), Gary Oldman (O Espião que Sabia Demais) e Demian Bichir (A Better Life).
Aqui tivemos outras boas surpresas. Apesar de Bichir ter sido indicado ao SAG, ninguém botava muita fé que também estaria presente na lista do Oscar. Os favoritos das pré-listas, Leonardo DiCaprio e Michael Fassbender, caíram fora por motivos diferentes (o primeiro porque o filme não era tão bom; o segundo porque, bem, o personagem é um viciado em sexo e o longa é bem forte para os conservadores da Academia). Acabou sendo bom para Gary Oldman, que merecidamente foi lembrado por sua belíssima atuação em O Espião que Sabia Demais.
Melhor Atriz Coadjuvante
Indicadas: Octavia Spencer (Histórias Cruzadas), Jessica Chastain (Histórias Cruzadas), Berenice Bejo (O Artista), Janet McTeer (Albert Nobbs) e Melissa McCarthy (Missão Madrinha de Casamento).
Como falei no meu post com as previsões sobre os indicados, as atrizes nomeadas aos SAG levavam vantagem sobre Shailene Woodley (Os Descendentes) e foi o que realmente aconteceu.
Melhor Ator Coadjuvante
Indicados: Christopher Plummer (Toda Forma de Amor), Kenneth Branagh (Sete Dias com Marilyn), Nick Nolte (Guerreiro), Jonah Hill (O Homem que Mudou o Jogo) e Max Von Sydow (Tão Alto e Tão Perto).
Aqui aconteceu uma das maiores surpresas (e injustiças) do dia: Albert Brooks (Drive), considerado como certo e um dos favoritos, atrás apenas de Plummer, cedeu espaço para o veterano Von Sydow. E reclamou no twitter (no qual possui uma conta divertidíssima) para a Academia: "Fui ROUBADO. Não digo sobre o Oscar, digo literalmente. Minhas calças e sapatos foram roubados. E para a Academia: 'Vocês não gostam de mim. Vocês realmente não gostam de mim.'" Ou seja: o Oscar ficou mais chato.
Melhores Roteiros
Indicados (Original): Meia-Noite em Paris, Missão Madrinha de Casamento, O Artista, Margin Call - O Dia Antes do Fim e A Separação.
Indicados (Adaptado): Os Descendentes, A Invenção de Hugo Cabret, O Homem que Mudou o Jogo, Tudo Pelo Poder e O Espião que Sabia Demais.
Poucas surpresas nessa categoria, a maioria positivas como a indicação de Margin Call e A Separação (que, se não eram totalmente esperadas, eram possíveis), além da ausência do péssimo Histórias Cruzadas (o que pode indicar que o filme não é favorito em filme). A ausência que mais chamou atenção foi a de Os Homens que Não Amavam as Mulheres em roteiro adaptado.
Nas categorias técnicas, a predominância ficou com A Invenção de Hugo Cabret, Cavalo de Guerra e O Artista, como já era esperado. Histórias Cruzadas não foi nomeado a nada, o que é um ótimo sinal. Uma surpresa grande foi a não indicação de As Aventuras de Tintim em Melhor Animação. Como eu acreditava que Tintim estava se tornando favorito a vencer o prêmio, sua ausência abre espaço para a vitória de Rango.
Os Oscars serão entregues no dia 24 de fevereiro e blog acompanhará a cerimônia.
Como falei no meu post com as previsões sobre os indicados, as atrizes nomeadas aos SAG levavam vantagem sobre Shailene Woodley (Os Descendentes) e foi o que realmente aconteceu.
Melhor Ator Coadjuvante
Indicados: Christopher Plummer (Toda Forma de Amor), Kenneth Branagh (Sete Dias com Marilyn), Nick Nolte (Guerreiro), Jonah Hill (O Homem que Mudou o Jogo) e Max Von Sydow (Tão Alto e Tão Perto).
Aqui aconteceu uma das maiores surpresas (e injustiças) do dia: Albert Brooks (Drive), considerado como certo e um dos favoritos, atrás apenas de Plummer, cedeu espaço para o veterano Von Sydow. E reclamou no twitter (no qual possui uma conta divertidíssima) para a Academia: "Fui ROUBADO. Não digo sobre o Oscar, digo literalmente. Minhas calças e sapatos foram roubados. E para a Academia: 'Vocês não gostam de mim. Vocês realmente não gostam de mim.'" Ou seja: o Oscar ficou mais chato.
Melhores Roteiros
Indicados (Original): Meia-Noite em Paris, Missão Madrinha de Casamento, O Artista, Margin Call - O Dia Antes do Fim e A Separação.
Indicados (Adaptado): Os Descendentes, A Invenção de Hugo Cabret, O Homem que Mudou o Jogo, Tudo Pelo Poder e O Espião que Sabia Demais.
Poucas surpresas nessa categoria, a maioria positivas como a indicação de Margin Call e A Separação (que, se não eram totalmente esperadas, eram possíveis), além da ausência do péssimo Histórias Cruzadas (o que pode indicar que o filme não é favorito em filme). A ausência que mais chamou atenção foi a de Os Homens que Não Amavam as Mulheres em roteiro adaptado.
Nas categorias técnicas, a predominância ficou com A Invenção de Hugo Cabret, Cavalo de Guerra e O Artista, como já era esperado. Histórias Cruzadas não foi nomeado a nada, o que é um ótimo sinal. Uma surpresa grande foi a não indicação de As Aventuras de Tintim em Melhor Animação. Como eu acreditava que Tintim estava se tornando favorito a vencer o prêmio, sua ausência abre espaço para a vitória de Rango.
Os Oscars serão entregues no dia 24 de fevereiro e blog acompanhará a cerimônia.
domingo, 15 de janeiro de 2012
Apostas para o Oscar 2012
Várias coisas mudaram desde meu primeiro post sobre a corrida para o Oscar 2012. Favoritos caíram, alguns filmes voltaram a ser considerados e outros se consolidaram. The Artist vem aparecendo como o frontrunner (foi indicado pela maioria dos sindicatos e venceu boa parte dos prêmios da crítica, incluindo o Critic's Choice Awards), mas sua vitória no Oscar, apesar de ser a mais esperada, ainda não é certeza. Vamos então às minhas apostas nas categorias principais, já que a votação foi fechada no último dia 13 e o que acontecer daqui para frente não influenciará quanto aos indicados:
Melhor Filme
A Árvore da Vida e The Artist dividiram a maioria dos prêmios da crítica, com alguns outros indo para Os Descendentes, A Invenção de Hugo Cabret e Drive. Mas os longas de Terrence Malick e Nicolas Refn vêm sendo ignorados pelas principais prévias do Oscar. Woody Allen deve ter seu terceiro filme nomeado na categoria (o último foi Hannah e Suas Irmãs, de 1985). Cavalo de Guerra, Histórias Cruzadas e Moneyball - O Homem que Mudou o Jogo também são nomes fortes. Tão Alto e Tão Perto foi muito mal recebido, enquanto que Millenium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres ganhou muita força na última semana, principalmente depois que David Fincher foi indicado ao DGA. Atualmente, acredito que serão oito os indicados, com a possibilidade de A Ávore da Vida entrar na lista caso consiga angariar muitos 1°s lugares entre os votantes.
Minhas apostas (em ordem do mais provável ao menos provável): The Artist; Os Descendentes; A Invenção de Hugo Cabret; Histórias Cruzadas; Meia-Noite em Paris; Millenium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres; Cavalo de Guerra e O Homem que Mudou o Jogo.
Também têm chances: A Árvore da Vida; Tudo Pelo Poder; Missão Madrinha de Casamento; Tão Alto e Tão Perto.
Melhor Diretor
Michel Hazanavicius, Martin Scorsese e Alexander Payne são nomes certos (os dois primeiros são os favoritos). Aliás, podemos ter os três diretores vivos com maior número de indicações na categoria concorrendo este ano: além de Scorsese, Steven Spielberg e Woody Allen também têm chances - todos com seis nomeações até hoje. Ainda assim, o mais provável é que Spielberg fique de fora, já que seu filme não tem fãs muito entusiasmados e por ter sido esnobado pelo DGA. Terrence Malick teria chances maiores de reconhecimento aqui, mas também parece ter sido esquecido. A última vaga parece encaminhada para David Fincher, lembrado pelo DGA - uma compensação depois do vexame do ano passado.
Minhas apostas: Michel Hazanavicius (The Artist); Martin Scorsese (A Invenção de Hugo Cabret); Alexander Payne (Os Descendentes); Woody Allen (Meia-Noite em Paris) e David Fincher (Millenium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres).
Também têm chances: Steven Spielberg (Cavalo de Guerra); Terrence Malick (A Árvore da Vida); Nicolas Winding Refn (Drive); Bennet Miller (O Homem que Mudou o Jogo).
Melhor Ator
George Clooney e Jean Dujardin brigarão pelo prêmio - com Brad Pitt correndo por fora. Se esses três nomes são certeza, os outros dois ainda geram dúvidas. Leonardo DiCaprio pintou forte no início da corrida, caiu depois que J. Edgar foi mal recebido, mas voltou à disputa depois de indicado ao SAG e ao Globo de Ouro. Michael Fassbender também está sendo muito elogiado, mas seu filme é considerado difícil e pode ser que fique de fora. Michael Shannon e Damian Bichir (que não pintava em lista nenhuma até ser nomeado ao SAG) podem surpreender. Já Gary Oldman deve ficar mais uma vez sem a indicação, mesmo com um papel elogiadíssimo.
Minhas apostas: George Clooney (Os Descendentes); Jean Dujardin (The Artist); Brad Pitt (Moneyball); Leonardo DiCaprio (J. Edgar) e Michael Fassbender (Shame).
Também têm chances: Michael Shannon (O Abrigo); Damian Bichir (A Better Life); Gary Oldman (O Espião que Sabia Demais); Ryan Gosling (Tudo Pelo Poder).
Melhor Atriz
A única com chances de tirar o terceiro Oscar da carreira de Meryl Streep é Viola Davis. Além das duas, Michelle Williams também parece aposta certa entre as indicadas. Depois de várias atuações bastante elogiadas, Tilda Swinton deverá ser reconhecida, mesmo que por um filme independente. A última vaga pode ficar para uma veterana (Glenn Close), uma ex-vencedora (Charlize Theron) ou para uma jovem revelação (Rooney Mara ou Elizabeth Olsen).
Minhas apostas: Meryl Streep (A Dama de Ferro); Viola Davis (Histórias Cruzadas); Michelle Williams (Sete Dias com Marilyn); Tilda Swinton (We Need to Talk About Kevin) e Glenn Close (Albert Nobbs).
Também têm chances: Rooney Mara (Millenium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres); Charlize Theron (Jovens Adultos); Elizabeth Olsen (Martha Marcy May Marlene).
Melhor Ator Coadjuvante
Aqui o mais certo é o futuro vencedor: o veterano Christopher Plummer. O competidor aparentemente mais forte, Albert Brooks, foi ignorado pelo SAG, mas ainda segue com certa força para o Oscar. Kenneth Branagh também parece certo, mas os outros nomes nem tanto.
Minhas apostas: Christopher Plummer (Toda Forma de Amor); Kenneth Branagh (Sete Dias com Marilyn); Albert Brooks (Drive); Nick Nolte (Guerreiro) e Jonah Hill (O Homem que Mudou o Jogo).
Também têm chances: Armie Hammer (J. Edgar); Patton Oswalt (Jovens Adultos); Viggo Mortensen (Um Método Perigoso); Philip Seymour Hoffman (Tudo Pelo Poder); Corey Stoll (Meia-Noite em Paris).
Melhor Atriz Coadjuvante
Outra categoria parcialmente preenchida. Duas indicações devem ir para Histórias Cruzadas: Octavia Spencer e Jessica Chastain, que devem disputar o prêmio. O resto está aberto, mas com poucas concorrentes. As indicadas ao SAG Janet McTeer, Bérénice Bejo e Melissa McCarthy estão na frente de Shailene Woodley, que também tem chances.
Minhas apostas: Octavia Spencer (Histórias Cruzadas); Jessica Chastain (Histórias Cruzadas); Bérénice Bejo (The Artist); Janet McTeer (Albert Nobbs) e Melissa McCarthy (Missão Madrinha de Casamento).
Também tem chances: Shailene Woodley (Os Descendentes).
Hoje a noite serão entregues os Globos de Ouro, que não influenciam muito o Oscar, mas já dá um gostinho da temporade de prêmios. O blog continuará acompanhando.
Melhor Filme
A Árvore da Vida e The Artist dividiram a maioria dos prêmios da crítica, com alguns outros indo para Os Descendentes, A Invenção de Hugo Cabret e Drive. Mas os longas de Terrence Malick e Nicolas Refn vêm sendo ignorados pelas principais prévias do Oscar. Woody Allen deve ter seu terceiro filme nomeado na categoria (o último foi Hannah e Suas Irmãs, de 1985). Cavalo de Guerra, Histórias Cruzadas e Moneyball - O Homem que Mudou o Jogo também são nomes fortes. Tão Alto e Tão Perto foi muito mal recebido, enquanto que Millenium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres ganhou muita força na última semana, principalmente depois que David Fincher foi indicado ao DGA. Atualmente, acredito que serão oito os indicados, com a possibilidade de A Ávore da Vida entrar na lista caso consiga angariar muitos 1°s lugares entre os votantes.
Minhas apostas (em ordem do mais provável ao menos provável): The Artist; Os Descendentes; A Invenção de Hugo Cabret; Histórias Cruzadas; Meia-Noite em Paris; Millenium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres; Cavalo de Guerra e O Homem que Mudou o Jogo.
Também têm chances: A Árvore da Vida; Tudo Pelo Poder; Missão Madrinha de Casamento; Tão Alto e Tão Perto.
Melhor Diretor
Michel Hazanavicius, Martin Scorsese e Alexander Payne são nomes certos (os dois primeiros são os favoritos). Aliás, podemos ter os três diretores vivos com maior número de indicações na categoria concorrendo este ano: além de Scorsese, Steven Spielberg e Woody Allen também têm chances - todos com seis nomeações até hoje. Ainda assim, o mais provável é que Spielberg fique de fora, já que seu filme não tem fãs muito entusiasmados e por ter sido esnobado pelo DGA. Terrence Malick teria chances maiores de reconhecimento aqui, mas também parece ter sido esquecido. A última vaga parece encaminhada para David Fincher, lembrado pelo DGA - uma compensação depois do vexame do ano passado.
Minhas apostas: Michel Hazanavicius (The Artist); Martin Scorsese (A Invenção de Hugo Cabret); Alexander Payne (Os Descendentes); Woody Allen (Meia-Noite em Paris) e David Fincher (Millenium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres).
Também têm chances: Steven Spielberg (Cavalo de Guerra); Terrence Malick (A Árvore da Vida); Nicolas Winding Refn (Drive); Bennet Miller (O Homem que Mudou o Jogo).
Melhor Ator
George Clooney e Jean Dujardin brigarão pelo prêmio - com Brad Pitt correndo por fora. Se esses três nomes são certeza, os outros dois ainda geram dúvidas. Leonardo DiCaprio pintou forte no início da corrida, caiu depois que J. Edgar foi mal recebido, mas voltou à disputa depois de indicado ao SAG e ao Globo de Ouro. Michael Fassbender também está sendo muito elogiado, mas seu filme é considerado difícil e pode ser que fique de fora. Michael Shannon e Damian Bichir (que não pintava em lista nenhuma até ser nomeado ao SAG) podem surpreender. Já Gary Oldman deve ficar mais uma vez sem a indicação, mesmo com um papel elogiadíssimo.
Minhas apostas: George Clooney (Os Descendentes); Jean Dujardin (The Artist); Brad Pitt (Moneyball); Leonardo DiCaprio (J. Edgar) e Michael Fassbender (Shame).
Também têm chances: Michael Shannon (O Abrigo); Damian Bichir (A Better Life); Gary Oldman (O Espião que Sabia Demais); Ryan Gosling (Tudo Pelo Poder).
Melhor Atriz
A única com chances de tirar o terceiro Oscar da carreira de Meryl Streep é Viola Davis. Além das duas, Michelle Williams também parece aposta certa entre as indicadas. Depois de várias atuações bastante elogiadas, Tilda Swinton deverá ser reconhecida, mesmo que por um filme independente. A última vaga pode ficar para uma veterana (Glenn Close), uma ex-vencedora (Charlize Theron) ou para uma jovem revelação (Rooney Mara ou Elizabeth Olsen).
Minhas apostas: Meryl Streep (A Dama de Ferro); Viola Davis (Histórias Cruzadas); Michelle Williams (Sete Dias com Marilyn); Tilda Swinton (We Need to Talk About Kevin) e Glenn Close (Albert Nobbs).
Também têm chances: Rooney Mara (Millenium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres); Charlize Theron (Jovens Adultos); Elizabeth Olsen (Martha Marcy May Marlene).
Melhor Ator Coadjuvante
Aqui o mais certo é o futuro vencedor: o veterano Christopher Plummer. O competidor aparentemente mais forte, Albert Brooks, foi ignorado pelo SAG, mas ainda segue com certa força para o Oscar. Kenneth Branagh também parece certo, mas os outros nomes nem tanto.
Minhas apostas: Christopher Plummer (Toda Forma de Amor); Kenneth Branagh (Sete Dias com Marilyn); Albert Brooks (Drive); Nick Nolte (Guerreiro) e Jonah Hill (O Homem que Mudou o Jogo).
Também têm chances: Armie Hammer (J. Edgar); Patton Oswalt (Jovens Adultos); Viggo Mortensen (Um Método Perigoso); Philip Seymour Hoffman (Tudo Pelo Poder); Corey Stoll (Meia-Noite em Paris).
Melhor Atriz Coadjuvante
Outra categoria parcialmente preenchida. Duas indicações devem ir para Histórias Cruzadas: Octavia Spencer e Jessica Chastain, que devem disputar o prêmio. O resto está aberto, mas com poucas concorrentes. As indicadas ao SAG Janet McTeer, Bérénice Bejo e Melissa McCarthy estão na frente de Shailene Woodley, que também tem chances.
Minhas apostas: Octavia Spencer (Histórias Cruzadas); Jessica Chastain (Histórias Cruzadas); Bérénice Bejo (The Artist); Janet McTeer (Albert Nobbs) e Melissa McCarthy (Missão Madrinha de Casamento).
Também tem chances: Shailene Woodley (Os Descendentes).
Hoje a noite serão entregues os Globos de Ouro, que não influenciam muito o Oscar, mas já dá um gostinho da temporade de prêmios. O blog continuará acompanhando.
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